Xiaomi chega ao Brasil no 1º semestre; conheça a "Apple da China
A Xiaomi, empresa líder no mercado de smartphones chinês, prepara sua chegada ao Brasil. Segundo entrevista concedida ao site "Cnet" no fim ano passado, a "Apple da China" (como ficou conhecida a companhia) estreará no mercado nacional ainda no 1º semestre. O fato foi confirmado novamente nesta quinta-feira (15) pela companhia durante o lançamento de um novo smartphone na China.
Os primeiros passos para o início das atividades na companhia já foram dados. Em dezembro de 2014, foi homologado o smartphone Redmi Note pela Anatel.
Além disso, o brasileiro Hugo Barra, vice-presidente da empresa, publicou no fim do ano passado uma foto com a equipe brasileira da Xiaomi.
Por que a Xiaomi faz sucesso?
"A Xiaomi é diferente, pois vende seus aparelhos prioritariamente pela internet, não lança vários dispositivos (não passa de cinco ao ano), na China eles usam o Weibo (uma espécie de Twitter) para interagir com os fãs da marca e contam com uma interface gráfica Android personalizada com vários serviços", disse Jingwen Wang, analista da consultoria de mercado Canalys, em entrevista ao UOL.
Lei Jun, fundador e diretor-executivo da fabricante chinesa Xiaomi, apresenta interface gráfica MiUI 6 em evento realizado em julho de 2014. Além de fabricar dispositivos (como smartphones, tablets e pulseiras inteligentes), a companhia desenvolve uma interface gráfica usada em seus aparelhos e que pode ser instalada em dispositivos concorrentes Zhang Jin/Xinhua
Apenas em agosto de 2011 eles lançaram seu primeiro aparelho, o MI 1 custando 1.999 yuanes (cerca de US$ 325 ou R$ 735), um preço bem abaixo dos concorrentes para uma configuração topo de linha. As especificações técnicas do aparelho são: processador dual-core de 1,5 GHz, tela de 4 polegadas e duas câmeras, sendo uma de 8 megapixels e a frontal de 2 megapixels.
A título de comparação, um Galaxy S II, lançado no mesmo ano e com configurações parecidas, tinha preço sugerido de venda de R$ 1.800. Enfim, a empresa chinesa começou a oferecer um aparelho com boas configurações a um valor possível para o público local.
"O preço é acessível porque a companhia corta despesas ao vender diretamente e em marketing, usando sua loja online e sua conta no Weibo [espécie de Twitter chinês]", explica a analista Jingwen.
A empresa começa a pré-venda de aparelhos seis dias antes do lançamento. Durante esse período, eles costumam vender entre 200 mil e 300 mil unidades, segundo um relatório da consultoria de mercado Gartner.
Apple chinesa?
O apelido de "Apple da China" foi dado pela mídia ocidental, sobretudo pelo estilo de apresentação de produtos feita por Lei Jun, diretor-executivo e fundador da Xiaomi, que é muito igual às feitas por Steve Jobs. Geralmente, Jun veste camiseta preta, há um telão em suas costas e na plateia há milhares de fãs ansiosos pelos anúncios.No entanto, a Xiaomi não se assemelha nem um pouco com a empresa norte-americana no que diz respeito ao preço baixo dos seus aparelhos e no relacionamento com os fãs. Uma das ações de fidelização é um festival promovido pela companhia para celebrar o aniversário de fundação.
No Mi Fan Festival deste ano, por exemplo, fãs da marca podiam jogar um game que dava desconto em novos produtos ou distribuía o Mi Habbit, o coelho mascote da marca.
Por estar sempre em contato com os fãs, a empresa desenvolve para seu sistema soluções pedidas por eles, como um bloqueador de spam para SMS, integração da lista de contatos com o serviço de páginas amarelas local e acionamento da câmera por comando de voz.
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